terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Acompanhamento Psicológico

         De todas as vezes que fui ao hospital, notei a presença frequente de uma doutora em especial, sempre conversando com as crianças, observando suas atividades e falando com uma voz bastante agradável. Da última vez que fui à brinquedoteca a avistei e pensei: preciso saber quem é ela. Mas estava visando entrevistar a psicóloga que avaliava as crianças. Perguntei à nutricionista Josephine e, por coincidência, ou não, aquela doutora era a psicóloga que eu procurava.
         Dra. Rossana Alvarenga é psicóloga do hospital do câncer de João Pessoa desde 2010 e acompanha crianças e pais durante todo o processo da doença. “Quando a criança vem para a primeira consulta, receber o diagnóstico, a gente recepciona o responsável, na maioria das vezes a mãe. Fazemos um acolhimento, explicamos que câncer não é contagioso, muito tipos têm cura, mostramos a importância de vir às consultas, que é um tratamento sério”, explica.
         Após confirmação do diagnóstico, é iniciada a segunda etapa da avaliação psicológica: o suporte para o tratamento. “É um processo chato, demorado, sofrido. A maioria das mães é do interior, então, é preciso internar a criança. Temos que prestar atenção na parte do financeiro. Famílias pobres que não querem receber alta (da internação) porque têm as três refeições que em casa não tem”, diz Rossana, e a partir daí começam os conflitos a serem amenizados através da avaliação. Nesse período são tratados também conflitos pessoais e conjugais. “Tudo isso a gente tem que administrar, trazer o máximo de tranquilidade pra mãe, porque a mãe é o suporte da criança, se a mãe tá ruim, a criança também fica”, conclui. Há participação da assistente social do hospital que, sinalizada pela psicóloga, vê toda a problemática e a real necessidade, para depois tomar as providências cabíveis. 
         As crianças e os adolescentes também têm acompanhamento, sem restrições de idade. No caso das crianças, existe a ludoterapia. “A brinquedoteca não é somente para brincar, existe um fundamento, faz parte do tratamento. Brincar é terapêutico, é a válvula de escape”, conta. Todas as atividades feitas, a exemplo das pinturas, são aproveitadas para conversar com os pacientes. “Essas coisas que parecem ser bobagem, são muito importantes para o enfrentamento da doença, possibilita ao paciente colocar pra fora seus sentimentos”. É um momento para introduzir o assunto.
         A diferença entre as famílias que aceitam acompanhamento psicológico e as que não aceitam é notável, o sofrimento é dividido, inclusive na reação diante da morte. Rossana também faz análise para saber como lidar com essas questões tão delicadas, “Nós nos deparamos com a morte o tempo todo, ainda mais na pediatria. Se você me perguntar como eu consigo, eu não sei, mas sinto que me fortalece, me faz bem”, pontua.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

A Luz da Lua

         Doçura é algo que não falta nas pessoas da Donos do Amanhã, seja nos funcionários, voluntários, crianças, familiares, visitantes, enfim, estou quase achando que é algum pré-requisito de entrada. 
         A personagem da vez, além de ser um doce de pessoa, também é super tímida, mas não hesitou em me ajudar quando pedi para entrevistá-la. Ela chegou à ONG praticamente na mesma semana que eu. Fomos igualmente bem recebidas e acolhidas, temos isto em comum. Então, já que lhes apresentei o primeiro rosto que vejo quando chego, nada mais justo do que lhes apresentar o segundo, Luana, a minha Lua. 

Nome: Luana Ferreira Muniz
Idade: 23 anos
Cargo: Atendente
Tempo de Serviço: 2 meses

Como é a função que você desempenha?
Eu entrego cestas básicas, atendo os nossos colaboradores e parceiros, presto assistência às mães ou responsáveis pelas crianças, tudo conforme as necessidades.

O que é preciso para desempenhar esta função?

Não é apenas agir com profissionalismo. O trabalho é fruto do nosso esforço, mas para lidar com esse ambiente em específico, é preciso muito mais. É fazer aflorar um sentimento de amor, de compreensão, de dedicação e atenção para com o próximo. É realmente se envolver.

O que lhe motiva a trabalhar na Donos do Amanhã?

A esperança de dias melhores e, acima de tudo, a luta pela vida, o bem mais precioso que se pode ter. Isto, sim, é o que me motiva a continuar onde estou. Acredito que para tudo há um propósito e se hoje eu tenho a oportunidade de proporcionar o bem, quero permanecer fazendo sem olhar a quem, assim colherei bons frutos em um futuro próximo.

Como é o seu relacionamento com as crianças/adolescentes?

Pelo curto período de tempo que estou na Donos do Amanha, e apesar do contato frequente, não tenho muita intimidade com eles, mas, aos poucos, os laços estão se formando e se firmando. Várias amizades estão começando a ser construídas.

Defina em poucas palavras a importância da Donos do Amanhã no seu dia a dia.
As experiências e lições que tenho adquirido aqui na ONG têm me tornado uma pessoa melhor a cada dia. Valorizo mais as pequenas coisas e aprendo muito com tudo e todos.

Qual a história mais impactante que já acompanhou? Conte.

Não tenho muito relatos, nem detalhes de histórias das crianças, até pela questão do pouco tempo, como já disse antes, mas, graças ao meu bom Deus, eu tive a felicidade de poder conhecer um ser incrível. Um menino, que apesar de estar em uma situação bem crítica, fraco, debilitado, não se deixava abater. Ele tem o “poder” de transmitir uma paz sem igual. Uma paz tão grande que invade o coração. E é isso que ele me passa todas as vezes que está presente, uma sensação divina.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Thor: Mais forte do que nunca

         Não sei o que tem em mim, ou veem em mim, que chama tanto a atenção das crianças. Elas me “laçam” de uma forma tão natural... Parece que nos conhecemos de uma vida. Era um dia chuvoso, mas muito apressado. Eu precisava fazer muitas coisas nesse dia, só não planejava fazer entrevistas na Donos do Amanhã. Tive que ir lá somente para deixar uns papéis com Clara e, imediatamente, iria embora, mas fui “laçada” outra vez.
        “Tia!”, escutei baixinho. Era um menino, de aproximadamente três anos, tentando chamar minha atenção para o painel de super-heróis, que fica na entrada da recepção. Olhei em sua direção e sorri, para me certificar de que a “tia” era realmente eu.
- Tia, quem é esse? – apontando com uma mão para o painel, enquanto a outra me puxava pelo braço.
- É o Homem-Aranha! – respondi
- “Homalanha!” – repetiu, com a dificuldade de quem está aprendendo a falar – E esse?
- É o Super-Homem!
- “Supelomi!”
        E assim ele continuou perguntando o nome de todos os personagens e repetindo, do seu jeitinho, a cada resposta minha. Fomos interrompidos. A mãe dele viu nosso entrosamento, depois de já termos repetido os nomes dos heróis umas três vezes, e pediu que ele se apresentasse. Vou chamá-lo de Thor*, fazendo referencia ao super-herói mais falado daquele momento. Recebi um abraço em volta do pescoço, depois fui “trocada” por Dona Bené, voluntária de muitos anos, a quem Thor chama de vovó.
        Aproveitei para conversar com a jovem dona E.Q.P., de 30 anos. Ela, o marido e os três filhos residem em Alhandra – PB. Descobriu que Thor estava com Tumor de Wilms (mesmo câncer de Estrela) quando ele tinha apenas sete meses de vida. “A barriga dele era crescida, estranha. Um dia me incomodei e o levei numa médica, lá em Alhandra mesmo. Ela pediu uma ultrassonografia urgente. Assim que saiu o resultado ela pediu que eu mostrasse a uma médica daqui (João Pessoa). Daí por diante, começou minha luta”, conta. Thor foi operado aos 11 meses.
        Eu insisto em perguntar como as mães ficam quando recebem a notícia, talvez na esperança de uma resposta diferente, mas é compreensivelmente inevitável ouvir a mesma coisa. Com E.Q.P. não foi diferente, “Eu fiquei sem chão, jamais imaginei que ia acontecer comigo”.
         Apesar de ter um marido, morar com ele, a jovem mãe não conta com seu apoio, “Não tenho ajuda de ninguém, só encontrei apoio aqui! Pra ele (o marido) é tudo normal, eu tenho que segurar a barra sozinha, eu e Deus, e assim vou levando. Aqui (na ONG) tudo é bom, parece uma família, melhor do que a que eu tenho em casa”, explica.
        Thor está em manutenção há dois anos e a cada resultado que chega a melhora é evidente.
- Thor vem cá! – chamou dona E.Q.P.
- Vou não! – respondeu com um sorriso sapeca.
- Diga à tia o que você ganhou hoje.
- Nada! – dando uma risada.
- Ele ganhou uma bicicleta – explicou a jovem mãe, olhando para mim.
- Tu ganhou uma bicicleta? – perguntei, num tom de felicidade que parecia que eu era a ganhadora do presente.
- Foooi! E “butô dua ódinha pneu”! – respondeu Thor, com um tom ainda mais feliz que o meu, explicando que puseram duas rodinhas no pneu (traseiro) da bicicleta.
        Muito tímida e com respostas breves, ainda consegui, felizmente, que E.Q.P. contasse esse breve capítulo da história de sua família. Desliguei o gravador e apenas ouvi suas queixas, angústias e também vitórias. Ela me olhou como uma amiga e desabafou seus problemas conjugais e pessoais. Ela só precisava ser ouvida.

*Nomes de crianças e responsáveis serão preservados

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Tudo às Claras

         Desde a primeira vez que fui à Associação Donos do Amanhã, em 2011, não houve um dia sequer que eu não fosse recepcionada com um belo sorriso e uma simpatia sem igual. E, mesmo agora que minhas visitas são semanais, tudo isso continua (e está ainda melhor). 
         Durante esse período de trabalho, pude perceber que as pessoas que fazem parte dessa causa são muito solícitas, sentem prazer em ajudar. Daí você pensa, “Lógico, né, Thaís?! Você mesma já disse que voluntários são assim!”. Acontece, caro leitor, que, desta vez, não estou falando de voluntários, mas de uma funcionária. Estou falando de quem trabalha todos os dias, o dia todo em prol da causa. Especificamente, estou falando do primeiro rosto que vejo ao entrar na casa da Donos do Amanhã. Hoje, lhes apresento Clara.

Nome: Maria Clara Costa de Deus Cunha
Idade: 33 anos
Cargo: Atendente
Tempo de Serviço: 3 anos

Como é a função que você desempenha?
Eu recebo as doações, atendo mães, crianças e doadores, libero cestas básicas,... Entre outras palavras, costumo dizer que onde houver necessidade de fazer faça, mas faça o melhor.

O que é preciso para desempenhar esta função?

Os principais pontos são amor, dedicação, comprometimento naquilo que faz e respeito. Sem esses princípios de nada adianta, pois não é um trabalho, digamos, “teórico”, é humano. Todos os dias recebo pessoas de diversos lugares do Estado, pessoas humildes, sofridas. Claro que a parte prática é importante, mas não é só isso, é preciso ser, acima de tudo, humana.

O que lhe motiva a trabalhar na Donos do Amanhã?

O amor pela vida, vontade e força de caminhar e vencer a doença. Todos os dias quando acordo, venho trabalhar na Donos do Amanhã com perseverança e fé, sabendo que há algo mais precioso: o amor pela vida. Quando vejo a garra diária para que esta instituição permaneça firme e inabalada, eu digo “Eis-me aqui, Senhor, onde me colocastes como soldado”. Por esse projeto, permaneço firme, vestindo esta armadura (aponta para a camisa da ONG) e a minha maior arma é a vontade de fazer o melhor. Levantando essa bandeira, vamos tentar e conseguir, atender e apoiar as crianças e adolescentes, juntamente com suas famílias.

Como é o seu relacionamento com as crianças e adolescentes?

Sou amiga, conselheira, tia, babá, mãe e, às vezes, tudo junto. Estas referências me levam a ouvir e entender que ainda há amor para e com o próximo. É uma prática seguida de uma necessidade de estar presente.

Defina em poucas palavras a importância da Donos do Amanhã no seu dia a dia.
Nas segundas-feiras, a casa fica cheia de diversas crianças e adolescentes, formando uma grande família, necessitando de apoio e atenção. Na faculdade da vida, ou você sai formado em caráter, coração e diversos outros sentimentos que o dia a dia tenta distorcer, ou você para no tempo e não amadurece, como costumo falar, “apodrece”. Esse é um projeto de Deus que se cumpriu, que até tento ver a dimensão, mas não consigo ir tão além, apenas tenho certeza de que é um grande salto na faculdade da minha vida, chamada Donos do Amanhã, especializada na formação de um dom: o combate contra o câncer.

Qual a história mais impactante que já acompanhou? Conte.

São diversas histórias todos os dias, mas posso destacar uma recente de um menino em estado terminal, porém consciente, interno no hospital. Ele pediu aos pais que me chamassem aqui na ONG para vê-lo. Eu fui. Chegando lá, ele começou a dizer que estava com saudades, que me amava e que estava esperando minha visita. Com isso, fiquei surpresa, meu coração disparou. Já falando com dificuldades, ele pediu que eu o abraçasse e pediu à mãe para dormir comigo, para que eu ficasse próxima a ele, respondi que eu não podia, apenas a família é autorizada. Dois dias depois fui novamente visitá-lo. Ouvindo louvores, ele pediu que eu orasse e juntos oramos. O momento mais doloroso foi quando fiquei apenas o observando, deitado naquela cama, e, de repente, ele segurou na minha mão e orou sozinho, “Senhor, entrego meu corpo, a minha alma e o meu espírito”, continuei parada e contive o choro. Fiquei surpresa com o crescimento daquele menino. Ao lado da cama estava a mãe, chorando e agradecendo pelo amor e pelo carinho dedicados ao seu filho. No terceiro dia ele faleceu, deixando uma lição na minha vida: amar o meu próximo sem esperar nada em troca, só seguindo na certeza de que estou no caminho certo.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Entrevista - Grupo Sorrisos de Esperança

         Jovens de diversas idades e diferentes áreas de atuação se reúnem toda semana para levar alegria a crianças e adolescentes portadoras de câncer, em João Pessoa, provando que não existem barreiras para o trabalho voluntário. Para saber mais, confira a entrevista com os representante do Sorrisos de Esperança:


INTEGRANTES DO GRUPO SORRISOS DE ESPERANÇA
ANA HERMÍNIA ANDRADE
25 ANOS
DOUTORANDA EM ESTATÍSTICA
DÉBORA ALENCAR
19 ANOS
ESTUDANTE DE TERAPIA OCUPACIONAL
DULCILÁLIA MEDEIROS
21 ANOS
ESTUDANTE DE MEDICINA
ERICA MARIA COELHO
32 ANOS
PEDAGOGA
FELIPE NÓBREGA
25 ANOS
ADVOGADO
GABRIELA MORAES
15 ANOS
ESTUDANTE
HENRIQUE GUGLIELMI
25 ANOS
ENGENHEIRO CIVIL
JÉSSICA MADRUGA
21 ANOS
ESTUDANTE DE DIREITO
JUALIANE MADRUGA
15 ANOS
ESTUDANTE
LARISSA CHAVES
21 ANOS
ESTUDANTE DE ODONTOLOGIA
MARIANA GADELHA
19 ANOS
ESTUDANTE DE TERAPIA OCUPACIONAL
RAFAELA MORAES
16 ANOS
ESTUDANTE
RENATA MEDEIROS
27 ANOS
FOTÓGRAFA
TADEU CARDOSO
22 ANOS
NUTRICIONISTA
THAÍS MACHADO
19 ANOS
ESTUDANTE DIREITO
THAÍS MERINO
21 ANOS
ESTUDANTE DE DIREITO
THAYSE NOBRE
22 ANOS
ESTUDANTE DE CONTABILIDADE
THYAGO PORDEUS
30 ANOS
LICENCIADO EM COMPUTAÇÃO
VANESSA BEZERRA
22 ANOS
ESTUDANTE DE DIREITO

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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Mãe

         Procurei outro título, mas não encontrei. Essa palavra já carrega sua força, preferi dispensar complementos.
         É sabido que as crianças sofrem com dores físicas e psicológicas do câncer. Mas ainda tenho a impressão de que as mães carregam em dobro essas dores, as potencializam, sentem por elas e pelos filhos. E, de tantas que até hoje conversei, posso dizer que dona S.M.O., de  52 anos, é prova viva disso.
         Residente em Mataraca – PB, cidade fronteira com o Rio Grande do Norte, S.M.O. conviveu durante nove anos com o câncer de seu caçula, sem apoio de nenhum familiar, “Os tempos que meu filho passou foram de muito sofrimento. Quando ele veio (para a capital) se tratar, era muito pequeno, tinha 12 anos, agora está com 21 anos”, conta.
         O filho de S.M.O. era portador de Osteossarcoma, um tipo de tumor maligno dos ossos, frequente em crianças/adolescente e idosos, que tende a se propagar rapidamente para os pulmões e, com menos frequência, para outros órgãos. Foi descoberto um ano e meio depois de uma fratura na perna, resultado de uma queda, “O primeiro médico descobriu, mas não me contou. A enfermeira, chorando ao meu lado, me disse que estava muito grave, que tinha subido para o pulmão”, completa.
         Nesse tempo todo de espera, a perna do jovem foi inchando, as costas estavam necrosando, porque ele não tinha como sair da cama. Então, devido ao agravamento do quadro, sua perna teve que ser amputada, “Antes de amputar a perna, ele sofria, gritava. Eu chorava toda noite, me emociono quando lembro”, chorando, S.M.O. contou com detalhes o processo cirúrgico.
         Atualmente, seu filho está praticamente curado, faltando apenas a última consulta, que será feita ainda este ano. Com a ajuda de uma prótese doada pelo médico, ele ajuda os pedreiros e com o dinheiro que junta, presenteia a mãe. Também vai a Natal – RN para jogar futebol, é goleiro.
         Mesmo com a recuperação do filho, as sequelas continuam. Dona S.M.O. foi a doadora de medula do seu filho e, após a cirurgia, a lesão infeccionou e ela, agora, trata de um caroço decorrente desse quadro. Além disso, vem todas as segundas-feiras para fazer tratamento psicológico, pois, devido aos anos de sofrimento e luta, desenvolveu depressão. 
         “O apoio da associação é muito bom, uma ajuda muito grande. Se não fosse o apoio daqui a gente não tinha como resistir. Aqui temos carinho, alimentação na hora certa, tudo que a gente precisa. Elas (funcionárias e voluntárias) gostam da gente, eu gosto demais delas, umas vão, outras vêm, mas eu vou gostando. Gostei muito de você, que nem as meninas”, disse S.M.O., me deixando emocionada com o carinho instantâneo.
         Mãe e filho sozinhos no mundo, com tantas lutas, tantas vitórias, me fez lembrar as palavras do Papa Francisco I, “Não existe mãe solteira, existe mãe!”

FOTO: Renata Medeiros